A Cia ComPartilha, grupo Piracicabano, surgiu da união de alunos do curso livre do grupo Andaime Teatro, curso ministrado pelos integrantes do grupo e iniciado em setembro de 2021. Surge então, no ano de 2023, a necessidade de levar uma mensagem sobre os temas e anseios sociais de saúde mental e vulnerabilidade abordando-o de forma artística, sensível e poética, com foco em partilhar metáforas sobre poéticas autorais através da fundação da Cia ComPartilha de teatro. “Nos unimos no propósito de compartilhar histórias e, acima de tudo, uma mensagem de esperança, de que é possível se levantar e reescrever seu caminho. Acreditando que ter acesso a histórias transformadoras, que ao trazer elas a público, o pedestal de inalcançável se torna irreal. E que quanto mais próximo e conhecida forem as tratativas e exemplos de superação, mais próximo também é a informação de cunho transformador: de que é possível se recuperar, de que é possível um indivíduo sair da sobrevida para a vida. Buscamos assim, informar e esperançar a população, inclusive, parentes e amigos de pessoas em situação de vulnerabilidade e sofrimento psíquico. Acreditamos que esse é um dos papéis fundamentais da informação cultural de nossa sociedade.”
Dramaturgo: Danilo Donna
Elenco: Danilo Donna, Guilherme Domingues, Maedê Fernandez e Helena Tereza
Direção: Danilo Donna
Sonoplastia: Renata Ortolani
Operação de Luz e Fotografia: Vitor Vitti
Designer Gráfico: Maedê Fernandez
Produtor Cultural: Guilherme Domingues e Helena Tereza
“Um dia por vez: faço uma nova história” é um dos principais espetáculos teatrais e autorais do grupo, com circulações pelo município de Piracicaba nos anos de 2023 e 2024 (Projeto de circulação contemplado pelo Edital 01/2023 LPG) que carrega consigo a tarefa de apresentar histórias e poéticas de superação relacionadas à recuperação do uso compulsivo de drogas. Tema tão importante no tocante à saúde mental, já que o uso progressivo afeta todas as áreas do indivíduo: como da saúde psicológica, da saúde física e das relações sociais, afetando também todos os que fazem parte do seu convívio. Além de falar sobre as possibilidades de retomada de uma vida saudável. O espetáculo aborda depoimentos baseados em histórias reais, que são contadas em meio a poéticas extremamente sensíveis e de cunhos de gatilhos que transbordam quando não resolvidas, seja nas fugas ou compulsões humanas. Eles são representados com metáforas de situações como: aceitação/rejeição familiar, discriminação, lidar com anseios e magoas do passado, acolhimento da criança interior, os pesos sociais, o cair e se levantar, entre outras vivências.
SINOPSE: Entre rodas de partilhas e café, histórias e depoimentos se misturam a
complexa montanha-russa de sentimentos de todo adicto: das garras da adicção ativa à recuperação; cair e recair; o peso moral dos trancos e barrancos de toda montanha de sensações e emoções; o sobrepeso das coisas que a sociedade nos cobra, nos julga, ou ainda que insiste em nos moldar; o passado que insiste a puxar como um cabo de guerra; a passagem em branco retirada de um novo dia; a fé em um poder maior; do fundo do poço da sobrevida e a volta à vida; entre outros sentimentos que todo adicto e não adicto se identifica de alguma forma. Mas principalmente a placa estendida que grita para todo um mundo, ainda que não saibam quem somos ou o que se passou das nossas histórias, nós insistimos em dizer e mostrar: nós nos recuperamos!”.
“SOS traficada uma linha muda tudo” é o segundo espetáculo autoral e teatral do grupo que traz consigo em seu histórico contar histórias reais de recuperação e de sobrevivência, esse espetáculo traz a tona realidade de milhares de brasileiras e brasileiros que buscam em um sonho em países exteriores a oportunidade do sonho de uma nova vida, porém acabaram se tornando vítimas do tráfico humano, histórias reais de sobreviventes são contadas em meio a poéticas e metáforas de sentimentos e o resgaste e a chance de uma nova vida por apenas um triz “SOS traficada uma linha muda tudo” traz consigo a mensagem de atenção e prevenção a população, acreditamos que a missão da arte seja também levar a sociedade um informativo sobre o que vem acontecendo e a atenção dada a jovens que partem mesmo com vários “sinais” de periculosidade se tornando vítimas e/ou tendo até mesmo sua vida ceifada pela crime do tráfico humano.
SINOPSE: Entre as linhas da vida muitas histórias se cruzam: Helena, Yara e Ramirez, tem
o desejo em comum de uma nova vida, Helena parte em seguir um novo amor, porém sem que ela perceba tem sua vida transformada em sobre vida em Miami, vítima de tráfico humano, Yara segue o conselho filha da amiga de sua cabeleira, e cai em um golpe sendo traficada de Brasil a Portugal, Ramirez está em viagem para Tailândia quando é dopada em um bar, e acorda em cárcere, também em uma casa de prostituição de luxo contra sua vontade. o que essas três mulheres têm em comum? Além de serem mais uma estatística não computada ou simplesmente dada por desaparecida, é a força inerente de sobreviver, cada grito da alma em busca da sobrevivência pode ser tonar o fim da linha, ou o atravessar da fronteira para o resgate de sua própria vida.